FORMANDO UMA BANDA – CAP. 3 (Encontrando a “banda”)

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Continuando nossa série sobre o assunto, vamos falar sobre o desafio de se encontrar os componentes para formar uma banda.

Procurando a “Banda”

Formar uma banda necessita de pessoas, então procurar os integrantes de sua banda entre seus amigos pode ser o primeiro passo. Geralmente as bandas se formam em escolas, faculdades, igrejas … e existem casos bem sucedidos de bandas muito famosas que se formaram assim, como Engenheiros do Hawaii, Red Hot Chilli Peppers e U2

Caso esteja difícil conseguir achar o pessoal pra sua banda existe um site que facilita um pouco as coisas. No www.formesuabanda.com.br é possível procurar por músico ou banda, filtrar por Estado e Cidade e ainda saber qual o estilo musical preferido ou pretendido. Também é possível saber quanto tempo de experiência, quais as influências musicais e quais equipamentos possui.

Outro fator importante é que os componentes tenham um gosto musical parecido, que queiram ir pro mesmo rumo musical ou estejam dispostos a se aventurar no estilo musical da banda. Tocar Heavy Metal com um cara que só toca Bossa Nova pode não dar muito certo no final porque as idéias e visões sobre como fazer música podem ser muito diferentes. Uma boa convivência é essencial para que a banda tenha uma vida longa. 

 

Precisamos ensaiar … e agora ? – Dicas para estruturar ensaios

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Um dos grandes dilemas da maior parte das bandas (se não de todas…) é como organizar e estruturar um ensaio para que ele renda bem e dê resultados satisfatórios. Uma das piores coisas é participar de um ensaio desorganizado, sem foco, onde cada um toca uma coisa … e quem já viveu ou ainda vive isso sabe do que estamos falando.

Para auxiliar os que estão com dificuldades nesse assunto reunimos aqui algumas dicas práticas baseadas em nossas experiências e em algumas pesquisas. Vamos generalizar o sentido das dicas, que poderão ser aplicadas para bandas ou igrejas:

1 – Escolha um local de fácil acesso á todos os membros da banda para ensaiar

Se preocupar com essa questão pode evitar atrasos ou faltas de alguns membros. O local deve ter também o mínimo de estrutura física que atendam as necessidades de sua banda como amplificadores, bateria, microfones, etc.

2 – Mantenha a regularidade e constância 

Procurar fazer ensaios constantes, no mínimo uma vez por semana, é importante para cultivar a integração musical e conhecimento pessoal entre os membros da banda. Enquanto mais os membros se conhecem dentro e fora da banda maior será o “feeling” na hora de tocar.

3 – Organize o ensaio

O ensaio precisa ter direcionamento, e é bom que o repertório e o roteiro do ensaio estejam pré-definidos. Para que os músicos possam se preparar bem para o ensaio é preciso primeiramente definir o programa para o próximo ensaio, ou seja, quais músicas serão ensaiadas, feito isso, no caso das músicas novas cada músico deve tirar suas partes em casa e praticá-las.

A equipe deve ser agrupada com alguma lógica: vocal por naipes (sopranos, contralto, tenor, baixo), instrumentos harmônicos (teclado, violão, guitarra), instrumentos percussivos – “groove” (bateria e baixo, percussão) e cada uma dessas divisões deve ter seu tempo específico no ensaio.

Separar o vocal em uma sala á parte do restante da banda adiantará o processo, sempre acompanhado de pelo menos um instrumento harmônico (violão ou teclado) para orientar os cantores e garantir a afinação do grupo.

O instrumental pode começar pelo “groove” para estruturar a base rítmica da música. Quando o groove está bem definido podemos partir para a base harmônica, e unir os dois será mais fácil.

Caso não haja estrutura física para separar vocal, harmonia e groove em salas separadas opte por dividir o tempo de ensaio em partes ou horários diferentes, sendo importante planejar os horários para que num determinado momento todos da banda estejam juntos e possam passar a música em conjunto, acertando os detalhes finais e corrigindo falhas.

4 – Estude e escute as músicas antes do ensaio

Ensaio é preparação, para juntar as partes, passar a música … e não se deve chegar ao ensaio totalmente “cru”, sem saber o que fazer. A idéia de ouvir a música no ensaio é um dos fatores mais desmotivadores para a maioria dos músicos, com exceção dos que não fazem a sua parte !!!.

Ouvir a música antes do ensaio para tirar os riffs, frases, vozes, etc agilizará o processo, e o ensaio será “ensaio”. Ensaio é para a prática em conjunto, para matar dúvidas e para acertar detalhes, não é pra tirar música nem ficar tentando lembrar ou adivinhar o que fazer.

5 – Aquecimento vocal e passagem de som

  • Vocal – O aquecimento vocal é mais do que uma obrigação, pois sem isso os cantores terão problemas á longo prazo e provavelmente não aguentarão o ensaio todo cantando. No blog Cantar Bem temos algumas dicas sobre aquecimento e desaquecimento (isso mesmo, voz se desaquece !!!) que auxiliarão os cantores da banda a executarem essas tarefas tão negligenciadas por bandas iniciantes em igrejas e afins. Além disso é importante que o grupo, ou alguém do grupo, invista em uma boa aula de técnica vocal.
  • Instrumental – Vai começar o ensaio: O baterista “senta” o braço nos pratos e manda um groove de Hard Rock; o tecladista começa a tocar em Sol Maior; o violonista faz um dedilhado clássico; o guitarrista sola; os instrumentos de sopro afinam … e tudo isto acontece ao mesmo tempo.
    Todos querem testar seus instrumentos e / ou microfones ao mesmo tempo e você fica com a sensação de que está próximo da loucura. Este ambiente de confusão sonora não é nada propício para um ensaio. Saber organizar isso também economiza tempo: comece por exemplo pelo groove (bateria e baixo), depois vá para a harmonia (teclados, violão, guitarras) e no fim faça uma música com todos tocando para ajustar os retornos e PA e nivelar todos os volumes.

6 – Tempo de ensaio

Uma duração ideal para um bom ensaio deve ser em torno de duas horas. É difícil conseguir resultados reais em menos tempo, mas um ensaio produtivo não é necessariamente um ensaio extenso. Quando os ensaios demoram demais, o rendimento dos participantes fica comprometido.

Muitas vezes não temos o resultado esperado devido ao cansaço das pessoas. Obviamente o tempo de ensaio varia dentro de cada realidade e objetivo, devendo sempre levar em conta o bom senso … o cansaço pode atrapalhar muito o processo criativo.

7 – Atacar o problema

Uma das situações menos produtivas num ensaio é a excessiva repetição de uma canção por determinado erro. Quando se tem um erro em algum trecho, deve-se concentrar os esforços naquele trecho, sem a necessidade de repetir toda a canção. Após a correção do trecho específico continue o ensaio. Não adianta ficar repetindo a estrofe e coro, se o problema estiver somente no coro. Vá ao ponto específico e corrija!

Nessas dicas sintetizamos o que pode ajudar a termos um ensaio mais produtivo. Fica a observação que ensaio é para juntar as partes, passar a música e ajustar como será a apresentação final.

Vamos ensaiar ? Acho que agora sim.

FORMANDO UMA BANDA – CAP. 2 (Formando a “personalidade e identidade”)

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Nesse post vamos falar um pouco sobre personalidade e identidade, o que acredito serem itens essenciais para “formar o caráter” da banda.

Decidindo os rumos

Geralmente quando alguém chega ao ponto de querer formar uma banda é porque já tem definido o tipo de som que quer fazer, ou porque curte muito uma certa banda e quer fazer um som “igual” á ela.

Começar tocando covers da banda preferida é um grande início porque você terá o desafio de tirar as músicas o mais próximo possível do que é originalmente pra não “fazer feio” nas apresentações. Já vivenciei isso, e tocávamos várias músicas de uma banda que curtíamos. Buscamos também quais eram as influências deles e com isso fomos construindo o que queríamos como banda, mesclando com a experiência pessoal de cada integrante.

Personalidade e Identidade

Depois de decidir os “rumos musicais” muitas bandas pecam ao querer fazer o seu som “idêntico” ao da banda preferida, imitando descaradamente o estilo de se vestir, de tocar, de se comportar no palco, até o timbre de voz do vocalista e seus trejeitos. Ficar taxado como “cover da banda X” pode não ser o melhor caminho de uma banda autoral que quer garantir o seu lugar ao sol, porque isso pode dar um prazo de validade para a banda e até causar repulsa dos fãs da banda “imitada”.

Uma banda precisa ter Personalidade e Identidade próprias, se destacar pelo que ela pode oferecer de novo. O mercado busca novidades, as pessoas querem ouvir algo diferente.

Lendo um artigo científico achei o seguinte conceito retirado do livro “Modernidade e Identidade” de Anthony Giddens sobre Identidade:

“O conceito de identidade, (…) de modo geral (…), se relaciona ao conjunto de compreensões que as pessoas mantêm sobre quem elas são e sobre o que é significativo para elas (…).” (Giddens, 2005, p.43)

Outra maneira é definir o termo como um conjunto de fatores que determinam a maneira com que a pessoa se relaciona, age ou pensa. Podemos ainda citar que é o que nos diferencia dos outros.

No Wikipedia temos a seguinte definição para Personalidade:

“…é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo”

Pensando nesses conceitos dentro do contexto de uma banda vemos que é necessário estar claro o que se quer defender e passar como mensagem, fazendo isso de uma maneira única e diferente.

No vídeo abaixo vemos o produtor musical Rick Bonadio dando algumas dicas e falando sobre o tema que estamos discutindo aqui.

Ser igual aos outros irá decretar a morte precoce da banda. Seja diferente !!!

Marketing Musical – Sua banda como marca e produto

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Para sobreviver de música não basta apenas fazer música. Hoje em dia é cada vez maior a necessidade do músico de utilizar técnicas para a gestão de sua carreira. Uma das técnicas de gerenciamento de carreira é transformar-se, como artista, em marca e produto, indo assim muito além do que apenas fazer música.

Listamos abaixo alguns sites e blogs que falam sobre o Marketing voltado para a música que podem orientar suas escolhas e decisões:

  • No site Estrombo vemos uma matéria que demonstra alguns exemplos de como bandas se transformaram em marcas, e com isso romperam as barreiras do anonimato.
  • No blog  dicasparabandas vemos o conceito dos “4P’s” aplicados á música
  • No site ideiademarketing lemos um texto que sintetiza o que se deve pensar e como se deve pensar antes de se “lançar”
  • No site Play-R lemos um texto muito criativo e “real” sobre as 6 maneiras de arruinar as chances de sucesso na música quando não se investe tempo e dedicação á ela.
  • No vídeo abaixo temos uma entrevista com o Diretor de Marketing do Midas Studio, Hélio Leite, que fala sobre vários aspectos do MKT na música (o vídeo vale a pena pelo assunto, mas é bem simples).

Não existe uma fórmula para o sucesso, mas usando as ferramentas e conceitos certos podemos chegar bem perto do ideal e, quem sabe, acertar o alvo.

Formando uma banda – Cap. 1

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Muitas são as duvidas de quem pensa em montar um banda: O que preciso saber ? O que preciso fazer ? Como fazer ? Que estilo tocar ?  Onde encontrar pessoas que queiram tocar ? Neste canal vamos ajudar quem tem essas e outras dúvidas com dicas práticas (já vivenciadas, claro !!!), indicações de blogs, sites … de músico pra músico.

Para iniciarmos nossa série de dicas, vamos falar sobre o que é música (um pouco óbvio mas necessário):

O que é Música ?

Segundo o dicionário Priberam Música é a:

1. Organização de sons com intenções estéticas, artísticas ou lúdicas,
 variáveis de acordo com o autor, com a zona geográfica, com a época, etc; 2. Arte e técnica de combinar os sons de forma melodiosa.”

Podemos ainda acrescentar que é a arte de organizar sons , silêncios, harmonia, melodia e ritmo de uma maneira coerente, que faça sentido e agrade aos ouvidos.

Pensando dessa forma e baseados nesse conceito música é muito mais do que somente tocar um instrumento ou uma canção que você curte. Com a musica transmitimos mensagens, provocamos sentimentos, levamos pessoas a lugares e épocas diferentes.

Montar uma banda necessita ter um objetivo, uma mensagem a ser passada para o mundo, e pra isso a banda tem que ter “personalidade e identidade própria”. Vamos falar mais sobre esses e outros temas nos próximos posts.

No site www.conceito.de podemos ver um pouco mais sobre o conceito do que é musica.

Até mais !!!

Música “Animal” – Snarky Puppy

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A banda Snarky Puppy, sediada em Nova York,  passou de um “segredo bem guardado” para um dos nomes mais respeitados da música instrumental atualmente. Apesar de ainda ser “underground” em muitos aspectos , a banda ganhou elogios de fiéis críticos como a BBC,Village Voice, The Guardian e Boston Herald, e já se apresentou em alguns dos melhores locais e festivais na Ásia, Europa , Austrália e América do Norte.  A banda combina perfeitamente  um profundo conhecimento e respeito pela tradição musical com som e inovação conceitual de uma forma que é capaz de atingir o público mais crítico – ou mais despreocupado.

A banda sempre usou sua performance ao vivo como a sua principal forma de “evangelismo”, e mantém uma agenda de turnê intensa. Ao longo de 2013, a banda realizou quase 200 performances e oficinas em quatro continentes , incluindo North Sea Jazz, Monterey Jazz Festival, Jazz à Vienne , Blue Note de Tóquio e o Melbourne International Jazz Festival. Seu álbum “GroundUP” alcançou a 14ª posição na Billboard Jazz e a 3ª posição no iTunes Charts Jazz em 2012, superado apenas pelos vencedores do Grammy Robert Glasper e Esperanza Spalding.

As influências musicais da banda estabeleceram um sistema de equilíbrio que atraem imediatamente os ouvintes de boa música – mesclando um funk cru com dinâmicas sensíveis, melodia lírica , harmonia exuberante e o mais importante, uma mistura delicada de composição e improvisação.

O grupo é liderado pelo premiado baixista / guitarrista / compositor e arranjador Michael League, que já trabalhou com algumas das mais influentes figuras do Gospel, R&B e Soul Music (Kirk Franklin, Roy Hargrove, Wayne Krantz, Musiq Soulchild, Walter Hawkins, Marvin Sapp, Israel Houghton e outros) e teve como mentor o lendário tecladista Bernard Wright (Miles Davis, Chaka Khan).

Snarky Puppy se define como uma criatura de três cabeças : Em primeiro lugar, e mais óbvio, um conjunto musical original . Em segundo lugar, uma equipe de produção e banda para artistas individuais. Em terceiro lugar, e provavelmente o mais importante, um grupo de músicos com entusiasmo e com o compromisso de espalhar a educação musical e sensibilizar as pessoas e comunidades que atendem. Trabalhando com grupos como ROAM ( Roots Of American Music ) no interior da cidade de Cleveland e com o Laboratório de Música de Jefferson Center, em Roanoke, bem como dando workshops em centenas de faculdades, escolas primárias e escolas de ensino médio em todo o mundo , a banda tem um forte compromisso de espalhar seu amor pela música para uma geração mais jovem à procura de algo real para se inspirar .

Fonte: Site Banda Snarky Puppy