Continuando nossa série sobre o assunto, vamos falar sobre o desafio de se encontrar os componentes para formar uma banda.
Procurando a “Banda”
Formar uma banda necessita de pessoas, então procurar os integrantes de sua banda entre seus amigos pode ser o primeiro passo. Geralmente as bandas se formam em escolas, faculdades, igrejas … e existem casos bem sucedidos de bandas muito famosas que se formaram assim, como Engenheiros do Hawaii, Red Hot Chilli Peppers e U2.
Caso esteja difícil conseguir achar o pessoal pra sua banda existe um site que facilita um pouco as coisas. No www.formesuabanda.com.br é possível procurar por músico ou banda, filtrar por Estado e Cidade e ainda saber qual o estilo musical preferido ou pretendido. Também é possível saber quanto tempo de experiência, quais as influências musicais e quais equipamentos possui.
Outro fator importante é que os componentes tenham um gosto musical parecido, que queiram ir pro mesmo rumo musical ou estejam dispostos a se aventurar no estilo musical da banda. Tocar Heavy Metal com um cara que só toca Bossa Nova pode não dar muito certo no final porque as idéias e visões sobre como fazer música podem ser muito diferentes. Uma boa convivência é essencial para que a banda tenha uma vida longa.
Nesse post vamos falar um pouco sobre personalidade e identidade, o que acredito serem itens essenciais para “formar o caráter” da banda.
Decidindo os rumos
Geralmente quando alguém chega ao ponto de querer formar uma banda é porque já tem definido o tipo de som que quer fazer, ou porque curte muito uma certa banda e quer fazer um som “igual” á ela.
Começar tocando covers da banda preferida é um grande início porque você terá o desafio de tirar as músicas o mais próximo possível do que é originalmente pra não “fazer feio” nas apresentações. Já vivenciei isso, e tocávamos várias músicas de uma banda que curtíamos. Buscamos também quais eram as influências deles e com isso fomos construindo o que queríamos como banda, mesclando com a experiência pessoal de cada integrante.
Personalidade e Identidade
Depois de decidir os “rumos musicais” muitas bandas pecam ao querer fazer o seu som “idêntico” ao da banda preferida, imitando descaradamente o estilo de se vestir, de tocar, de se comportar no palco, até o timbre de voz do vocalista e seus trejeitos. Ficar taxado como “cover da banda X” pode não ser o melhor caminho de uma banda autoral que quer garantir o seu lugar ao sol, porque isso pode dar um prazo de validade para a banda e até causar repulsa dos fãs da banda “imitada”.
Uma banda precisa ter Personalidade e Identidadepróprias, se destacar pelo que ela pode oferecer de novo. O mercado busca novidades, as pessoas querem ouvir algo diferente.
Lendo um artigo científico achei o seguinte conceito retirado do livro “Modernidade e Identidade” de Anthony Giddens sobre Identidade:
“O conceito de identidade, (…) de modo geral (…), se relaciona ao conjunto de compreensões que as pessoas mantêm sobre quem elas são e sobre o que é significativo para elas (…).” (Giddens, 2005, p.43)
Outra maneira é definir o termo como um conjunto de fatores que determinam a maneira com que a pessoa se relaciona, age ou pensa. Podemos ainda citar que é o que nos diferencia dos outros.
No Wikipedia temos a seguinte definição para Personalidade:
“…é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo”
Pensando nesses conceitos dentro do contexto de uma banda vemos que é necessário estar claro o que se quer defender e passar como mensagem, fazendo isso de uma maneira única e diferente.
No vídeo abaixo vemos o produtor musical Rick Bonadio dando algumas dicas e falando sobre o tema que estamos discutindo aqui.
Ser igual aos outros irá decretar a morte precoce da banda. Seja diferente !!!
Para sobreviver de música não basta apenas fazer música. Hoje em dia é cada vez maior a necessidade do músico de utilizar técnicas para a gestão de sua carreira. Uma das técnicas de gerenciamento de carreira é transformar-se, como artista, em marca e produto, indo assim muito além do que apenas fazer música.
Listamos abaixo alguns sites e blogs que falam sobre o Marketing voltado para a música que podem orientar suas escolhas e decisões:
No site Estrombo vemos uma matéria que demonstra alguns exemplos de como bandas se transformaram em marcas, e com isso romperam as barreiras do anonimato.
No blog dicasparabandas vemos o conceito dos “4P’s” aplicados á música
No site ideiademarketing lemos um texto que sintetiza o que se deve pensar e como se deve pensar antes de se “lançar”
No site Play-R lemos um texto muito criativo e “real” sobre as 6 maneiras de arruinar as chances de sucesso na música quando não se investe tempo e dedicação á ela.
No vídeo abaixo temos uma entrevista com o Diretor de Marketing do Midas Studio, Hélio Leite, que fala sobre vários aspectos do MKT na música (o vídeo vale a pena pelo assunto, mas é bem simples).
Não existe uma fórmula para o sucesso, mas usando as ferramentas e conceitos certos podemos chegar bem perto do ideal e, quem sabe, acertar o alvo.
Quando se trata de instrumentos de cordas (guitarras, violões e baixos) muito se fala sobre qual o melhor tipo de captação, sobre quais as melhores ferragens e principalmente sobre a madeira utilizada na construção do instrumento, sendo esse o fator mais importante e que influencia consideravelmente na qualidade (peso, resistência, estética) e no timbre.
Mas e quando um luthier paulista une a importância de se fabricar um instrumento único pensando em tudo isso e ainda usando madeiras de demolição ?
Assim se desenvolveu o trabalho do luthier paulista Pedro Machado, que foi aluno e aprendiz do luthier Eduardo Ladessa Parada (um dos mais respeitados e melhores luthiers do Brasil, falecido em 2011) com quem aprendeu muito sobre o ramo, fundando a Eco Guitar. Em sua oficina na Vila Madalena – São Paulo são fabricados baixos e guitarras utilizando como matéria prima madeiras brasileiras e que estão a disposição, tais como madeiras de demolição, sem promover o desmatamento.
Toda a parte eletrônica é feita com tecnologia nacional, através de um processo artesanal. Cada bobina é enrolada a mão, resultando em um timbre singular em cada instrumento. Além disso são oferecidos também serviços de regulagem completa, recuperação de trastes, blindagem, customização, etc.