CUIDADOS COM A VOZ – HÁBITOS QUE PREJUDICAM A VOZ (VÍDEO 3)

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No terceiro vídeo da série vamos ver que alguns hábitos podem prejudicar nossa voz.

Contaremos com a experiência e colaboração da Fonoaudióloga Fernanda de Morais, Especialista em Voz, Mestre, Coach de Performance Comunicativa, Palestrante e Diretora da empresa Voice Care.

Vale a pena conferir também essa entrevista que aborda o tema.

Encontramos também no site do Conselho Regional de Fonoaudiologia (www.fonosp.org.br) uma lista de hábitos negativos e positivos quanto aos cuidados com a voz:

O que se deve evitar:

  • Cigarros e drogas irritam as cordas vocais, o que pode provocar rouquidão, um dos primeiros sinais de que há algo errado com a garganta. A longo prazo a rouquidão pode evoluir para lesões mais sérias, inclusive câncer de laringe.
  • Tosse e pigarro constantes são movimentos de alto impacto entre as cordas vocais, podendo machucá-las. As causas podem ser várias, como ressecamento da boca e garganta, alergias, rinite, sinusite, refluxo, fumo ou simplesmente um hábito. Descobrindo-se a causa fica fácil eliminá-las.
  • Chupar balas, pastilhas e sprays enquanto se fala, principalmente as mais ardidas, causam falsa sensação de alívio, uma espécie de anestesia, o que faz a pessoa forçar a garganta.
  • Receitas caseiras, segundo Ana Elisa, pertencem à crença popular. “Em geral essas receitas têm componentes que irritam as cordas vocais, como, por exemplo, gargarejo com líquidos ácidos do tipo limão e vinagre.” Ela acrescenta que mesmo o gargarejo indicado em tratamento médico deve ser bem dosado e feito apenas no período recomendado.
  • Comer em excesso ou ingerir alimentos de difícil digestão pode provocar o refluxo de ácido do estômago para a garganta, causando irritação.
  • Beber líquidos gelados, bebidas alcoólicas e praticar automedicação para melhorar a dor de garganta.
  • Comer chocolate ou leite em demasia deixa a saliva mais viscosa, o que pode levar à vontade de pigarrear. O pigarro pode machucar as cordas vocais.
  • Choques térmicos.
  • Roupas apertadas que atrapalham a respiração, pois uma alteração na respiração leva a uma alteração na produção da voz.

Atitudes positivas:

  • Repouso – Descanse e durma bem, a voz reflete o cansaço físico e a falta de ânimo.
  • Hidratação – Beba muito líquido, principalmente água, isso é fundamental. Com a hidratação, as cordas vocais vibram livremente.
  • Tom da fala – Mantenha a voz sempre no seu tom natural, não se deve fazer esforço ao falar.
  • Postura – Manter sempre uma boa postura corporal ajuda muito.
  • Alergia e gripe – Poupe a voz durantes crises alérgicas e estados gripais.
  • Alimentação – Coma maçã, a fruta tem propriedades adstringentes, limpando o trato vocal até os pulmões, e favorecendo uma voz mais saudável.
  • Ajuda profissional – Procure em casos de tosses, pigarros e alterações na voz que perdurem mais de duas semanas ou sempre que precisar aprimorar sua voz.

Precisamos ensaiar … e agora ? – Dicas para estruturar ensaios

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Um dos grandes dilemas da maior parte das bandas (se não de todas…) é como organizar e estruturar um ensaio para que ele renda bem e dê resultados satisfatórios. Uma das piores coisas é participar de um ensaio desorganizado, sem foco, onde cada um toca uma coisa … e quem já viveu ou ainda vive isso sabe do que estamos falando.

Para auxiliar os que estão com dificuldades nesse assunto reunimos aqui algumas dicas práticas baseadas em nossas experiências e em algumas pesquisas. Vamos generalizar o sentido das dicas, que poderão ser aplicadas para bandas ou igrejas:

1 – Escolha um local de fácil acesso á todos os membros da banda para ensaiar

Se preocupar com essa questão pode evitar atrasos ou faltas de alguns membros. O local deve ter também o mínimo de estrutura física que atendam as necessidades de sua banda como amplificadores, bateria, microfones, etc.

2 – Mantenha a regularidade e constância 

Procurar fazer ensaios constantes, no mínimo uma vez por semana, é importante para cultivar a integração musical e conhecimento pessoal entre os membros da banda. Enquanto mais os membros se conhecem dentro e fora da banda maior será o “feeling” na hora de tocar.

3 – Organize o ensaio

O ensaio precisa ter direcionamento, e é bom que o repertório e o roteiro do ensaio estejam pré-definidos. Para que os músicos possam se preparar bem para o ensaio é preciso primeiramente definir o programa para o próximo ensaio, ou seja, quais músicas serão ensaiadas, feito isso, no caso das músicas novas cada músico deve tirar suas partes em casa e praticá-las.

A equipe deve ser agrupada com alguma lógica: vocal por naipes (sopranos, contralto, tenor, baixo), instrumentos harmônicos (teclado, violão, guitarra), instrumentos percussivos – “groove” (bateria e baixo, percussão) e cada uma dessas divisões deve ter seu tempo específico no ensaio.

Separar o vocal em uma sala á parte do restante da banda adiantará o processo, sempre acompanhado de pelo menos um instrumento harmônico (violão ou teclado) para orientar os cantores e garantir a afinação do grupo.

O instrumental pode começar pelo “groove” para estruturar a base rítmica da música. Quando o groove está bem definido podemos partir para a base harmônica, e unir os dois será mais fácil.

Caso não haja estrutura física para separar vocal, harmonia e groove em salas separadas opte por dividir o tempo de ensaio em partes ou horários diferentes, sendo importante planejar os horários para que num determinado momento todos da banda estejam juntos e possam passar a música em conjunto, acertando os detalhes finais e corrigindo falhas.

4 – Estude e escute as músicas antes do ensaio

Ensaio é preparação, para juntar as partes, passar a música … e não se deve chegar ao ensaio totalmente “cru”, sem saber o que fazer. A idéia de ouvir a música no ensaio é um dos fatores mais desmotivadores para a maioria dos músicos, com exceção dos que não fazem a sua parte !!!.

Ouvir a música antes do ensaio para tirar os riffs, frases, vozes, etc agilizará o processo, e o ensaio será “ensaio”. Ensaio é para a prática em conjunto, para matar dúvidas e para acertar detalhes, não é pra tirar música nem ficar tentando lembrar ou adivinhar o que fazer.

5 – Aquecimento vocal e passagem de som

  • Vocal – O aquecimento vocal é mais do que uma obrigação, pois sem isso os cantores terão problemas á longo prazo e provavelmente não aguentarão o ensaio todo cantando. No blog Cantar Bem temos algumas dicas sobre aquecimento e desaquecimento (isso mesmo, voz se desaquece !!!) que auxiliarão os cantores da banda a executarem essas tarefas tão negligenciadas por bandas iniciantes em igrejas e afins. Além disso é importante que o grupo, ou alguém do grupo, invista em uma boa aula de técnica vocal.
  • Instrumental – Vai começar o ensaio: O baterista “senta” o braço nos pratos e manda um groove de Hard Rock; o tecladista começa a tocar em Sol Maior; o violonista faz um dedilhado clássico; o guitarrista sola; os instrumentos de sopro afinam … e tudo isto acontece ao mesmo tempo.
    Todos querem testar seus instrumentos e / ou microfones ao mesmo tempo e você fica com a sensação de que está próximo da loucura. Este ambiente de confusão sonora não é nada propício para um ensaio. Saber organizar isso também economiza tempo: comece por exemplo pelo groove (bateria e baixo), depois vá para a harmonia (teclados, violão, guitarras) e no fim faça uma música com todos tocando para ajustar os retornos e PA e nivelar todos os volumes.

6 – Tempo de ensaio

Uma duração ideal para um bom ensaio deve ser em torno de duas horas. É difícil conseguir resultados reais em menos tempo, mas um ensaio produtivo não é necessariamente um ensaio extenso. Quando os ensaios demoram demais, o rendimento dos participantes fica comprometido.

Muitas vezes não temos o resultado esperado devido ao cansaço das pessoas. Obviamente o tempo de ensaio varia dentro de cada realidade e objetivo, devendo sempre levar em conta o bom senso … o cansaço pode atrapalhar muito o processo criativo.

7 – Atacar o problema

Uma das situações menos produtivas num ensaio é a excessiva repetição de uma canção por determinado erro. Quando se tem um erro em algum trecho, deve-se concentrar os esforços naquele trecho, sem a necessidade de repetir toda a canção. Após a correção do trecho específico continue o ensaio. Não adianta ficar repetindo a estrofe e coro, se o problema estiver somente no coro. Vá ao ponto específico e corrija!

Nessas dicas sintetizamos o que pode ajudar a termos um ensaio mais produtivo. Fica a observação que ensaio é para juntar as partes, passar a música e ajustar como será a apresentação final.

Vamos ensaiar ? Acho que agora sim.